Alice Waters: Fast Food ou Slow Food, que tipo de vida queremos levar?

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Essa mulher me fez pensar!

Subiu ao palco para abrir o Mesa Tendências, congresso internacional de gastronomia da Semana Mesa SP (organizada pela Prazeres da Mesa) que acontece no Senac São Paulo – Campus Santo Amaro e com sua voz embargada e doce, me deu uma chacoalhada daquelas! Creio que ela também balançou muita gente naquele auditório.

Saí de lá com isso martelando na cabeça e queria compartilhar com vocês: Fast Food ou Slow Food, que tipo de vida queremos levar?

A gente pensa que Fast Food é só uma forma rápida de se alimentar ; não vamos nem levar aqui em consideração a qualidade da comida oferecida, ok? Vamos pensar além disso!

Alice Waters: Fast Food ou Slow Food, que tipo de vida queremos levar?

Fast Food é um estilo de vida, uma cultura disseminada pelo mundo. É a sociedade como um todo: “Time is money!”. Uniformizar é preciso! Eficiência é o que todo mundo espera! O consumidor quer o mais barato pouco importa o produtor! Quanto mais escolhas melhor! (mesmo que seja uma mera ilusão de escolher mais do mesmo).

Quais as consequências? As pessoas estão perdidas no seu tempo e espaço. Os relacionamentos são Fast Food; não há paciência, tempo de reflexão, o negócio e comunicar-se rápido. Que valores são esses?

Slow Food também não é só a nossa forma de se alimentar. É pensar nos valores humanos, na comunidade. Ter integridade, honestidade, paciência,… Enfim, um movimento mais lento, mas bem mais profundo. “A hora que alguém absorve o conceito Slow Food, é capaz de contagiar todos à sua volta”. Alice Waters com sua humanidade contagia!

E então: Fast Food ou Slow Food, que tipo de vida queremos levar?

Alice Waters

Alice Waters, chef do Chez Panisse em Berkeley, Califórnia (EUA) é vice-presidente do Slow Food Internacional. Ativista da gastronomia sustentável, pioneira na defesa da utilização de ingredientes frescos, locais e sazonais; criou o Edible Schoolyard, em 1996. Nesse seu projeto educacional em escola pública, os alunos têm acesso a um jardim comunitário e são orientados a entender o ciclo do alimento: plantar, colher e cozinhar. O projeto deu origem ao programa Schoolyard, ONG com foco em levar às grades escolares desde o jardim da infância até o ensino médio os conceitos do Slow Food.

P.S. A foto de abertura do post, minha com Alice Waters, foi tirada no meu celular durante o jantar de abertura da Semana Mesa SP, ontem no Bourbon Street.

Alessander Guerra

Um Comentário

  1. Ale, eu acho que as próprias palavras já definem o futuro da humanidade. Neste sentido, fast quer dizer curto, breve… Mas temos que mudar esta mentalidade para que entendamos que o Slow Food Movement pode mudar este panorama e reverter o estágio atual em que nos encontramos.

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